quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Ћisŧøriαs dє ŧєrrør - A CONDESSA SANGRENTA

Erzsébet Báthory ou Elizabeth Bathory foi a 
condessa que torturou e assassinou várias jovens 
e, por causa disso ficou conhecida como um dos
 "verdadeiros" vampiros da história. Embora citada
 freqüentemente como húngara, devido em grade
 parte ao deslocamento da fronteira do Império
 Húngaro, ela era na realidade mais intimamente
 associada com o que é hoje a República Eslovaca. 
A maior parte de sua vida adulta foi passada no
 Castelo Cachtice, perto da cidade de Vishine, a
 nordeste do que é hoje Bratislava, onde a Áustria, 
Hungria e a Eslováquia se juntam. (O Castelo foi
 erroneamente citado por Raymond T.McNally como 
situado na Transilvânia). Bathory cresceu numa era
 em que a maior parte da Hungria tinha sido conquistados
 pelas forças turcas do Império Otomano, sendo campo
 de batalha entre exércitos da Turquia e Áustria(Habsburgo). 
A área também ficou dividida por diferenças religiosas.
 A família de Bathory se juntou à nova onda de
 protestantismo que fazia oposição ao catolicismo
 romano tradicional. Foi criada na propriedade da 
família Bathory, em Ecsed, na Transilvânia. Quando 
criança era sujeita a doenças repentinas, acompanhadas
 de intenso rancor e comportamento incontrolável.
 Em 1571, seu primo Stephen tornou-se príncipe da 
Transilvânia e mais tarde, na mesma década ascendeu
 ao trono da Polônia. Foi um dos regentes mais 
competentes da sua época, embora seus planos para
 a unificação da Europa contra os turcos fossem frustrados
 em virtude dos esforços necessários para combater Ivan,
 o Terrível, que cobiçava o território de Stephen.
 Em 1574, Elizabeth engravidou como resultado de um
 breve affair com um camponês. Quando sua condição
 se tornou visível, foi escondida até a chegada do bebê,
 porque estava noiva do Conde Ferenc Nadasdy.
 O casamento ocorreu em maio de 1575. O Conde Nadasdy
 era soldado e ficava fora de casa, freqüentemente, 
por longos períodos. Nesse meio tempo, Elizabeth assumia
 seus deveres de cuidar dos assuntos do Castelo Sarvar,
 de propriedade da família Nadasdy. Foi aí que sua
 carreira maligna realmente começou - com o disciplinament
o de um grande contingente de empregados, principalmente
 mulheres jovens. Num período em que o comportamento
 cruel e arbitrário dos que mantinham o poder para com
 os criados era uma coisa comum, o nível de crueldade
 de Elizabeth era notório. Ela não apenas punia os que 
infringiam seus regulamentos, como também encontrava 
desculpas para infligir punições e se deleitava na 
tortura e na morte de suas vítimas muito além do que seus
 contemporâneos poderiam aceitar. Enfiava pinos em 
vários pontos sensíveis do corpo, como, por exemplo, 
embaixo das unhas. No inverno executava suas vítimas
 fazendo-as se despir e andar na neve, despejando água 
gelada nelas até o congelamento do corpo. O marido de
 Elizabeth se juntava a ela nesse tipo de comportamento
 sádico e até ensinou-lhe algumas modalidades de punição.
 Mostrou-lhe, por exemplo, uma variação desses 
exercícios de congelamento para o verão: despia uma
 mulher e a cobria de mel, deixando-a a mercê dos
 insetos. Ele morreu em 1604 e Elizabeth mudou-se
 para Viena após o seu enterro. Passou também algum 
tempo em sua propriedade de Beckov e no solar de Cachtice,
 ambos localizados onde é hoje a Eslováquia. Esses foram
 os cenários de seus atos mais famosos e depravados. Nos
 anos que se seguiram após a morte do marido, a companheira
 de Elizabeth no crime foi uma mulher de nome Anna Darvulia, 
de quem pouco se sabe. Quando a saúde de Darvulia
 piorou em 1609, Elizabeth se voltou para Erzsi Majorova,
 viúva de fazendeiro local, seu inquilino. Majorova 
parece ter sido a responsável pelo declínio final de Elizabeth,
 ao encorajá-la a incluir algumas mulheres de estirpe
 nobre entre suas vítimas. Em virtude de estar tendo 
dificuldades para arregimentar mais jovens como servas
 à medida que os rumores sobre suas atividades se 
espalhavam pelas redondezas, Elizabeth seguiu os conselhos 
de Majorova. Em algum período de 1609, ela matou uma
 jovem nobre e encobriu o fato dizendo que fora suicídio. 
Já no início do verão de 1610, investigações iniciais em
 torno dos crimes cometidos por Elizabeth tinham começado.
 A base das investigações era política, a despeito do
 número crescente de vítimas. A coroa esperava confiscar 
o latifúndio de Elizabeth e deixar de pagar a alto empréstimo
 que seu marido tinha feito ao rei. Com isso em mente, 
Elizabeth foi presa no dia 26 de dezembro de 1610. 
Elizabeth foi julgada alguns dias depois. O julgamento foi
 conduzido pelo Conde Thurzo, como agente do rei. 
Conforme registro, o julgamento (acertadamente caracterizada
 como uma farsa pelo biógrafo de Bathory, Raymond T.McNally) 
foi iniciado não apenas para se obter uma condenação,
 mas também para confiscar suas terras. Uma semana após
 o primeiro julgamento, foi realizada uma segunda sessão,
 em 7 de janeiro de 1611. Neste, uma agenda encontrada
 nos aposentos de Elizabeth foi apresentada como prova.
 Continha nomes de 650 vítimas, todos registrados com
 a letra de Elizabeth. Seus cúmplices foram condenados
 à morte, sendo a forma de execução determinada por seus
 papéis nas torturas. Elizabeth foi condenada à prisão
 perpétua, em solitária. Foi colocada num aposento do 
castelo de Cachtice, sem portas ou janelas, apenas uma
 pequena abertura para a passagem de ar e de alimentos,
 lá permanecendo pelos três anos seguintes até sua morte 
em 21 de agosto de 1614. Foi sepultada nas terras de
 Bathory, em Ecsed. Além de sua reputação como assassina
 sádica com mais de 600 vítimas, foi acusada de ser uma
 lobisomem (werewolf, no original, não tem gênero) e vampira.
 Durante seus julgamentos, testemunhas afirmaram que
 em várias ocasiões ela mordia o corpo das meninas durante 
suas torturas. Essas acusações se tornaram a base para 
suas conexões com o "lobisomenismo". As ligações entre 
Elizabeth e o vampirismo são um tanto mais tênues. Naturalmente,
 havia uma crença popular nas terras eslavas de que os
 lobisomens em vida se tornavam vampiros após a morte,
 mas essa não foi a acusação feita a Elizabeth.
 Ao contrário, ela foi acusada de drenar o sangue de suas
 vítimas e de banhar-se nesse sangue para reter sua juventude.
 Por todos os parâmetros, Elizabeth era uma mulher muito atraente.

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